sábado, 24 de abril de 2010

CAMINHANDO POR HANOI

Logo a gente se sente à vontade. O pessoal da cidade comunica tranquilidade, na sua maioria são magrinhos e de baixa estatura, sempre com um sorriso cordial disponível, transmitem um clima de paz em cidade pequena. Não combina com a história de terem sido objeto de tantas guerras e massacres.

A primeira visão das ruas de Hanoi é aquela tradicional e que encanta. As mulheres, com seus chapéus de palha cônicos, carregam suas mercadorias apoiadas ao ombro em duas cestas de vime, sustentadas por uma haste de bambu ou madeira.


Observamos que há dois estilos de vida convivendo simultaneamente. A vida nas ruas estreitas, onde a calçada é um prolongamento natural das pequenas moradias e assim sendo, nela as pessoas cozinham, catam piolho na cabeça das crianças, costuram, banham os pequenos, tudo embaixo das árvores, dando lugar a um clima comunitário das vilas. Há também pequenos botecos para uma cervejinha ou um jogo de xadrez. Para entrar na casa (dizem que em média tem dezessete metros quadrados), as pessoas tiram os sapatos, dentro delas praticamente não há móveis, nem cadeiras, nem mesas. Na calçada sim a pequenos bancos, com os pés do tamanho das escolas infantis, onde sentam ou ficam de cócoras, dependendo do gosto de freguês.


Pelas ruas transitam loucamente milhares de motos, a que se somam em numero menor, carros, bicicletas e pedestres. Muitos são ex-ciclistas que dirigem do mesmo modo de antigamente, portanto fazendo de tudo que lhes vem à cabeça, buzinam o tempo todo, sendo o buzinaço o fundo musical de Hanoi. Aqui, protesto seria notado através de um silenciaço.


Há também outro estilo de vida nas ruas largas, como avenidas, como se fossem vias expressas com calçadas largas. Nelas há edifícios maiores, casas comerciais, lojas, restaurantes, bancos, prédios governamentais, representações de interesses externos. Há mais sinais de trânsito e estes são mais respeitados. Não vimos acidentes, eles são habilidosos e dirigem a baixa velocidade o que explica a anarquia que dá certo. No início se estranha um pouco a travessia das ruas no meio dos veículos, mas depois se percebe que é mais seguro do que atravessar a rua no Rio de Janeiro. He,He,He.


Depois da convivência com os brutamontes chineses a conclusão é que os vietnamitas é que são legais. Aos turistas oferecem, a todo o momento, o serviço de riquixá (em triciclo), moto taxi e taxi, sempre com boa educação.